LIVROS DE NEUROCIÊNCIA DE AUTORIA DO PROFESSOR CÉSAR VENÂNCIO

2.a. REVISÃO PUBLICADA PSICOLOGIA CLÍNICA UNIVERSIDADE INTERAMERICANA PRINCÍPIOS GERAIS TOMO I Especialista Professor César Augusto Venâncio da Silva - Mestrando by Cesar Augusto Venancio Silva

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quinta-feira, 17 de abril de 2014

Ampliando conceitos: Gerontologia Social.


Ampliando conceitos: Gerontologia Social.

A velhice e o envelhecimento percorre toda a humanidade e têm estado em pauta desde a antiguidade, através de obras literárias e tratados eruditos, como por exemplo a obra De Senectude, de Cícero, escrita acerca de 2000 anos (GOLDSTEIN p.9.2001) Na bíblia percebemos também a valorização no livro de Provérbios, destinada aos velhos, quando assinala que  “os cabelos brancos são uma coroa de honra” . Mas, o envelhecimento só emerge e vem se consolidar enquanto fenômeno social de alta relevância nesse século, através da Gerontologia. Como já se afirmou a Gerontologia pode ser assim classificada:  Gerontologia básica, chamada pelo Professor César Venâncio como sendo GERONTOLOGIA CLÍNICA – Ciência que estuda o processo de envelhecimento, enfocando a biofisiologia, a genética, a imunologia e o envelhecimento a níveis celular e subcelular, e a Gerontologia social – Com a evolução dos tempos, e o aumento da longevidade, houve a necessidade de um maior atendimento aos idosos, daí o surgimento de um ramo da Gerontologia - a Gerontologia social.
O temo  da  Gerontologia foi descrito a partir da junção das palavras gregas: gero = velho e lógia/digno = estudo/ciência, sua difusão torna-se evidente empós os anos de 1903, na pessoa do cientista Elie Metchnikoff, médico húngaro sucessor de Pasteur. A ciência ganha conceito de ciência que estuda a velhice; em 1909 surge o conceito de Geriatria denominada a ciência que estuda a velhice em termos médico-sanitários, conceito gerado a partir dos estudos do médico austríaco Ignataz L. Nascher. A sistematização do conhecimento do saber nessa área, ocorre em 1922, quando o psicólogo Stanlet Hall publicou o livro “Senescence, the last half of life”, contradizendo a crença de que a velhice é simplesmente o reverso da adolescência. Como é de praxe em todas as áreas do saber científico, vários obstáculos tiveram que ser superados, para que se chegasse ao processo observado hoje. Podemos afirmar que o atraso na construção do conhecimento em gerontologia pode ser atribuído a:

1-      A supervalorização da geriatria sobre outros campos da Gerontologia;
2-      A dificuldade de a Gerontologia reafirmar como ciência e definir como campo de atuação e construção de conhecimentos;
3-      A resistência à realização de investigação com caráter interdisciplinar. (cf. Papaléo 2002 p.7).

Em 1942 foi criada a American Geriatric Society; 1946 a Gerontological Society of América; e a Division of Maturity and Old Age da American Psychological Association; que comprovam o interesse sistemático pela velhice, onde já se percebia uma intensificação desse processo de envelhecimento populacional nos Estados Unidos. A partir dos anos de 1950, nos países: França, Inglaterra e  Alemanha também, passam a vivenciar esse processo com um aumento significativo na proporção de pessoas idosas em suas populações.

As alterações decorrem da conjugação de vários fatores, dentre os quais, os mais relevantes foram: a diminuição nas taxas de natalidade, em virtude de mudanças econômicas e culturais; o vazio populacional nas faixas correspondentes aos adultos, principalmente masculinos, em idade reprodutiva, por causa da II Grande Guerra, e os avanços da Medicina e na qualidade de vida da população, que provocaram um aumento na longevidade das pessoas (Lehr, 1988).

Em se tratando de Brasil, foi a partir dos anos 60 que o segmento de idosos sofreu um rápido aumento, aonde a base da pirâmide populacional vem se estreitando nas últimas décadas. Tal fato se explica pelas novas conquistas no campo da medicina preventiva e curativa; pelo avanço da tecnologia; pelo simultâneo decréscimo das taxas de natalidade e pela diminuição acentuada da mortalidade infantil. Segundo previsão da ONU – Organização das Nações Unidas, em 2020 o Brasil ocupará o 6º lugar no ranking mundial em população velha, e esse cenário impõe a necessidade de enfrentar o problema das condições de envelhecimento que ocorre de forma desigual em nosso país.

Essa temática provocou uma preocupação generalizada em diversos segmentos profissionais e fez com que, nos últimos anos proliferassem no Brasil vários programas e associações para velhos, exemplos: Movimento dos Aposentados; Programas promovidos pelo SESC – Serviço Social do Comércio; Universidades da Terceira Idade; Núcleos da Terceira Idade, a ANG – Associação Nacional de Gerontologia e a SBGG – Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia.

Ressaltemos que programas de Mestrado, Doutorados e Especializações realizadas em universidades, vem dando contribuições relevantes, inclusas as advindas dos núcleos de estudos e pesquisas, dos programas e dos profissionais dedicados a essa área, o que resultara num crescente progresso o qual merece comemoração.

Assim, o autor frisa aqui a importância dos cursos de doutorados e mestrados ministrados nas entidades mantidas pela Fundação Internacional FUNIBER, na América Latina e na Europa.

O autor afirma que o programa de Gerontologia das Universidad Internacional Iberoamericana - UNINI Universidad Europea del Atlántico gera a produção do conhecimento nesse seguimento específico(Programa Internacional de SNMGS - Máster en Gerontología, com titulação de Maestría en Gerontología Social, oferecido pela Universidad Internacional Iberoamericana - UNINI México e a Coordenação do Curso de Pós Graduação em Máster em Gerontología, da Universidad Europea del Atlántico).

Conclusão.

Diante do exposto, podemos concluir que a Gerontologia Social é uma área de rápido crescimento e que tem grande necessidade de avaliar e direcionar sua produção constantemente, isso devido ao seu caráter multidisciplinar, o que também congrega maior riqueza de conhecimentos.


Quem pensa que lugar de idoso é em casa, descansando, pode começar a mudar de idéia. Pessoas acima dos 60 anos estão cada vez mais ativas e saudáveis. A Atenção pública antes voltada apenas aos jovens e adultos já percebeu a necessidade de se criar, o mais rápido possível, políticas sócias que prepare a sociedade para esse novo fenômeno, denominado de revolução demográfica ou revolução da longevidade. Inclusive como resposta do Estado Brasileiro, a constituição de 1988 deixou  claro a preocupação que deve ser dispensada ao assunto, quando colocou em seu texto a questão do idoso, o que definiu a Política Nacional do Idoso.  Depois da criação dessa Política através da Lei Federal de nº 8.842 de 04 de janeiro de 1994 e de seu Regulamento de 03 de julho de 1996 foi instituído o Estatuto do Idoso. Mesmo assim, ainda existem muitos resquícios de preconceitos e discriminação relacionados aos velhos. Para tanto, é necessário que toda a sociedade e principalmente o próprio idoso se mobilizem a fim de mudar esse panorama negativo que temo hoje reservado ao “velho ser”.

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