LIVROS DE NEUROCIÊNCIA DE AUTORIA DO PROFESSOR CÉSAR VENÂNCIO

2.a. REVISÃO PUBLICADA PSICOLOGIA CLÍNICA UNIVERSIDADE INTERAMERICANA PRINCÍPIOS GERAIS TOMO I Especialista Professor César Augusto Venâncio da Silva - Mestrando by Cesar Augusto Venancio Silva

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quinta-feira, 17 de abril de 2014

Capítulo I Intróito à Gerontologia. Introdução.

Capítulo I
Intróito à Gerontologia
Introdução.


A Gerontologia é de caráter multidisciplinar, pois o estudo da velhice e dos processos do envelhecimento não se resume apenas aos aspectos demográficos, sua complexidade exige que seja estudado por diversas disciplinas, em múltiplos ângulos.

A Gerontologia e a Geriatria desde sua origem mantêm um relacionamento muito próximo.

Entretanto, vale salientar que enquanto a geriatria é uma especialidade médica que trata das doenças ou dos doentes idosos, preocupando-se em prolongar a vida com mais saúde; a Gerontologia é a ciência que estuda o processo de envelhecimento, cuidando da personalidade e da conduta do idoso, para isso, leva em conta todos os aspectos ambientais e culturais do envelhecimento. Para resumir, podemos dizer que a Geriatria estuda as doenças da velhice e seu tratamento, enquanto a Gerontologia é uma ciência médica e social que estuda não apenas as características da velhice enquanto face do desenvolvimento humano, mas também o processo e os determinantes do envelhecimento.

A HISTÓRIA DA Geriatria passa pela Universidade, no Brasil, exemplo: Estimulados por um Projeto de Lei do Senado Federal de 1954, referente à geriatria, um grupo de profissionais organizou-se para criar uma instituição brasileira dedicada ao estudo da geriatria e da gerontologia.

Foi importante que esse grupo mantivesse estreito vínculo com a Universidade: isso fez com que a geriatria brasileira rapidamente se tornasse forte e respeitada. O primeiro evento foi organizado pelo professor Israel Bonomo, docente da Faculdade Nacional de Medicina da Universidade do Brasil (atual Faculdade de Medicina da UFRJ). Nos dias 13, 14 e 15 de maio de 1957, modestamente denominado Mesa Redonda sobre GERONTOLOGIA, ele foi realizado na Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro. A programação compunha-se de palestras de 20 minutos, nas quais cada especialista falava sobre as diferenças no funcionamento dos vários aparelhos e sistemas do corpo humano determinado pelo processo de envelhecimento.
Podemos incluir também em seu escopo, as diversas áreas científicas como: a biologia, psicologia, antropologia, sociologia, economia, administração, política, história, neurologia, direito e demografia da velhice e do envelhecimento, além dessas áreas podemos citar a psicologia, pedagogia, enfermagem, fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional, odontologia e o serviço social.

Para implementar o atendimento integral à pessoa idosa, havia necessidade de incorporar outras categorias profissionais além dos médicos. Com esse objetivo, realizou-se um Simpósio sobre Geriatria na Academia Nacional de Farmácia e um Curso de Iniciação em Gerontologia no Hospital São Francisco de Assis da UFRJ. Os médicos apresentaram a Geriatria para os futuros colegas gerontólogos e vice-versa. Foi assim estabelecido o primeiro elo entre a Geriatria e a Gerontologia no âmbito da Sociedade.

O envelhecimento populacional é um fenômeno universal que podemos denominar de revolução demográfica ou revolução da longevidade. Tal fato se explica pelas novas conquistas no campo da medicina preventiva e curativa que têm resultado no aumento da expectativa de vida e no avanço da tecnologia, traduzidos pelo simultâneo decréscimo das taxas de natalidade e migração e diminuição acentuada da mortalidade infantil. Faz-se, portanto, imperativo a busca da conscientização da sociedade sobre fatos ligados à “velhice”, repensando as políticas públicas de atendimento, reivindicando por qualidade e autoexpressão e refletindo sobre as contingências que envolvem essa população de modo a traçar perspectivas para o seu atendimento, bem-estar e valorização.

O envelhecimento pode ser definido como um processo multifatorial, indo do nível molecular ao fisiológico e morfológico, com uma importante modulação do meio sobre o conteúdo genético, influenciado por modificações psicológicas funcionais e sociais que ocorrem com o passar do tempo. Constitui-se em mudanças graduais irreversíveis na estrutura e funcionamento de um organismo que ocorrem como resultado da passagem do tempo.  Acreditamos que a gerontologia pode desenvolver ações para estabelecer métodos que possam dar ao idoso uma melhor qualidade de vida. Porém não perca de vista que tal conceito é genérico e reflete um interesse com a modificação e a aprimoramento dos componentes da vida, ex. ambiente físico, político, moral e social; a condição geral de uma vida humana. Podemos dizer que é a fase de maior valor econômico na vida de um ser humano, recepciona-se aqui a citação “Valor Econômico da Vida”, na definição Português: Valor moral intrínseco designado para um ser vivo(Tradução livre do original: Bioethics Thesaurus. (CESAR VENÂNCIO – 2014).

Tomando como referência as citações anteriores podemos especular para fins didáticos que nessa fase da vida ocorre Impacto da Doença na Qualidade de Vida e nas Medidas de Nível de Vida. Nesse seguimento teórico, os Estados Unidos da América desenvolveu nos anos de 1972 uma escala de qualidade de vida como uma medida de nível ou disfunção de saúde gerada por uma doença. SE tornando progressiva na “terceira idade”. Estabelece-se a partir de um questionário baseado em comportamento para pacientes e cobre atividades tais como sono e descanso, mobilidade, recreação, administração do lar, comportamento emocional, interação social e outros. Mede o estado de saúde percebido pelo paciente e é sensível o suficiente para detectar mudanças ou diferenças no nível de saúde que ocorre através do tempo ou entre grupos. (Medical Care, vol.xix, no.8, August 1981, p.787-805).

Contrariamente ao indicado pelo senso comum, o processo de envelhecimento populacional, tal como observado até hoje, é resultado do declínio da fecundidade, e não da mortalidade. O envelhecimento populacional iniciou-se no final do século XIX em alguns países da Europa Ocidental, espalhou-se pelo resto do Primeiro Mundo, no século passado, e se estendeu, nas últimas décadas, por vários países do Terceiro Mundo, inclusive o Brasil. No caso brasileiro, observou-se, a partir do final dos anos 60, rapidíssima e generalizada queda da fecundidade, e haverá conseqüentemente, um célere processo de envelhecimento da população.

Este processo será, necessariamente, mais rápido e com mudanças estruturais, demograficamente falando, mais profundas do que nos países do Primeiro Mundo por duas razões: o declínio da fecundidade, no País, deu-se em um ritmo maior e origina-se de uma população mais jovem do que aquela dos países desenvolvidos.

O tamanho da população brasileira Entre 2000 e 2020, cerca de 38 milhões de pessoas será adicionado à população total. Apesar disso, entre os jovens e mesmo em certos segmentos da população adulta, taxas de crescimento negativas prevalecerão. Durante esse período, o tamanho da população abaixo de 25 anos deverá diminuir em cerca de 5 milhões. Além disso, o grupo de 15 a 35 anos (que atualmente inclui as mulheres responsáveis por mais de 90% dos nascimentos) enfrentará taxas de crescimento negativas por todo o período 2010-2050. Com isso, o número de nascimentos, que na virada do século já experimentou queda absoluta, poderá continuar declinando, mesmo se a taxa de fecundidade permanecer constante.  O número anual de registros de nascimentos diminuiu de 4,2 milhões para 3,8 milhões entre o biênio 1999/2000 e 2001/2002(IBGE). Estes valores encobrem registros atrasados, no entanto, dados altamente confiáveis de UFs como São Paulo, Santa Catarina ou Rio Grande do Sul confirmam esta acentuada diminuição (Sinasc/Datasus dos anos 2000 em diante).


O rápido processo de envelhecimento populacional do Brasil: sérios desafios para as políticas públicas deve ser na visão do autor ponto de reflexão dos pesquisadores Gerontológicos. Já são sentidos, no Brasil, os efeitos positivos da transição na estrutura etária (TEE), por exemplo, nos serviços de saúde à infância e na educação.  O termo Transição da Estrutura Etária (TEE), apresentado inicialmente por POOL(Age-structural transitions and policy: towards frameworks. In: Seminar IUSSP/Asian Meta-Centre, Age-Structural Transitions and Policy, Phuket, Dec. 2000), engloba as mudanças produzidas pelo declínio da fecundidade e que se fazem sentir, depois, no tamanho relativo e absoluto das diversas coortes. Elas são mediadas pelas alterações nos padrões de sobrevivência e, em muitos casos, pelos fluxos migratórios(AQUINO, R. C.; PHILIPPI, S. T. Consumo infantil de alimentos industrializados e renda familiar na cidade de São Paulo. Rev. Saúde).

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