Geriatria.
A geriatria e a gerontologia são especialidades gêmeas
e que se desenvolveram acentuadamente a partir da Segunda metade deste século,
após o término da Segunda Guerra mundial, quando o nível da vida humana começou
a se tornar mais elevado. No entanto a preocupação com a velhice se observou,
desde os tempos mais remotos. Segundo Gomes, a primeira referência ao assunto
nos é fornecida por Ptah-Hotep, no Egito, no ano de 2500 a. C. em sua obra
dedicada à velhice, ele fez uma descrição do velho.
“Quão
penso é o fim de um ancião! Vai dia - a - dia enfraquecendo: a vista baixa, os
ouvidos se tornam surdos; a força declina o corpo não encontra repouso, a boca
se torna silenciosa e já não fala... a velhice é a pior desgraça que pode
acometer um homem."

O Ensinamento de Ptah-hotep é um texto do Antigo
Egipto cujo autoria é atribuída a Ptah-hotep, vizir do rei Djedkaré Isesi da V
dinastia(Djedkaré Isesi foi o oitavo e penúltimo faraó da V dinastia egípcia.
Djedkaré é o nome de coroação deste soberano (os reis egípcios tinham vários
nomes na sua titulatura), o que significa "estável é o ka de Ré".
Isesi é por sua vez o nome de nascimento do monarca).
Em português é possível ainda encontrar outros títulos
para a composição, como Instrução de Ptah-hotep ou Máximas de Ptah-hotep. Os
ensinamentos atribuídos a este vizir encontram-se registados de forma completa
no Papiro Prisse (assim chamado devido ao egiptólogo francês Émile Prisse
d'Avennes, que o encontrou na necrópole de Tebas no século XIX), datado do Império
Médio (c. de 1900 a.C.) e que se encontra na Biblioteca Nacional de França. Há
ainda mais dois papiros que possuem fragmentos do texto e que se encontram no
Museu Britânico, datando do Império Médio e do Império Novo respectivamente;
para, além disso, a tábua Carnavon I no Museu Egípcio do Cairo possui
igualmente um fragmento(JACQ, Christian - Les maximes de
Ptah-Hotep, l'enseignement d'un sage au temps des pyramides. Présentation,
texte hiéroglyphique et traduction. ISBN 2-909816-64-8; LICHTHEIM, Miriam -
Ancient Egyptian Literature. University
of California Press, 1975. ISBN 0520028996).
Nota do autor.
Egito: Ptah-hotep.
Ptah-hotep era o administrador da cidade e
primeiro-ministro (ou vizir) durante o reinado do faraó Djedkaré Isesi, na V
Dinastia, entre 2380 e 2342 a.C. Ptah-hotep e seus descendentes foram
sepultados em Saqquara, na necrópole em que os grandes faraós foram
sepultados(mastaba).
Seu tumulo tornou-se famoso pelas representações nas
paredes, conforme iconografia abaixo (que o representam no seu trabalho de
administração da cidade):
Os ensinamentos atribuídos a este vizir encontram-se
registados de forma completa no Papiro Prisse – assim chamado devido ao
egiptólogo francês Émile Prisse d'Avennes, que o encontrou na necrópole de
Tebas ainda no século XIX.
O Papiro Prisse foi datado do Império Médio, cerca de
1900 a.C, e hoje se encontra na Biblioteca Nacional da França.
Segundo o texto encontrado nesse conjunto de
documentos, Ptah-hotep, já em idade avançada, solicitou ao faraó a
possibilidade de retirar-se do seu cargo de vizir, solicitando que seu filho o
substituisse, o que seria habitual já que na sociedade egípcia se esperava que
o filho seguisse a profissão do pai. O faraó aceitou a proposta do seu vizir e
este então decidiu que deveria transmitir os seus conhecimentos sobre a vida
para o filho.
O texto então divide-se em:
1)
Prólogo, no qual Ptah-hotep se apresenta perante o rei pedindo a sua saída do
cargo;
2)
As Máximas, 37 conselhos que o vizir dá ao próprio filho;
3)
Epílogo.
Segundo Miriam Lichteim, este texto, no entanto,
provavelmente foi composto no final da VI Dinastia, isto é, muito tempo depois
da morte do vizir. Segundo a egiptóloga, as Máximas eram conselhos repetidos
pela cultura popular egípcia que foram reunidos em um manual cuja autoria fora
atribuída ao vizir para garantir maior autoridade aos ensinamentos.
Estes ensinamentos não tem nenhuma ordem aparente,
contudo versam sobre as coisas mais simples da vida egípcia, como educação dos
filhos, "como é maravilhoso um filho que obedece o pai; cuidado com os
campos, "se você trabalhar duro, e se o crescimento acontece como deveria
nos campos, é porque o deus tem colocado abundância em suas mãos";
relacionamentos matrimoniais, "ame a sua esposa com paixão"; além de
ensinamentos morais como evitar o ódio, a ganância e o ressentimento.
Sobre relações homoeróticas, o parágrafo 32 é a única
referência: Não copule [nk] com um
menino-mulher [hmtj], porque você sabe que isso (geralmente) é opor a
[necessidade] ao seu coração, e isso que está em seu corpo não será acalmado.
Deixe de gastar suas noites num fazer que se oponha a fim de que possa ser
calmo, depois de (extinto), seu desejo. Renuncia a este desejo que ele cessará.
Mais importante do que o conselho claramente negativo
atribuído ao vizir Ptah-Hotep, afinal apesar de admitir que o desejo é comum,
ele deveria ser submetido a moral e controlado, acreditamos que a citação ao
hmtj, isto é, o menino-mulher da tradução que utilizamos é mais interessante
para falarmos aqui.
No Egito, em sua língua, havia três gêneros: o
masculino, tai (lê-se tie); o feminino, sht (lê-se sheket); e um terceiro
gênero, intermediário entre os dois, hmtj (heme) ou hmt (hemet). Os
historiadores modernos, no entanto, têm dificuldade de explicar como esse
terceiro gênero funcionava fora da língua, pois as pistas para descobrir como
viviam estes hmtj são difíceis de encontrar. Uma das provas que este gênero é
mais do que linguístico são as pinturas nas paredes dos túmulos, como afirma
Jockheere.
Os “tai” são pintados uniformemente com um
vermelho-ocre, como podemos ver abaixo:
Já, afirma os historiadores especializados em História
Egípcia, as mulheres (sht) representadas aparecem pintadas com um
marrom-amarelado, como vemos:
Uma das teorias sobre este terceiro gênero é que ele
seria composto por eunucos. Eunucos que seriam castrado ou pela retirada do
pênis, ou dos testículos ou mesmo o retirado total da genitália. Este processo
deveria acontecer, preferencialmente, ainda na infância para evitar que as
transformações hormonais da adolescência causassem anormalidades como
hipertofia abdominal e ginecomastia(isto é, o crescimento em homens de seios).
Contudo mais pesquisas são necessárias, ainda, para podermos entender como
funcionava a vida dos hmtj no Antigo Egito.
Em referência ao idoso: “Quão penso é o fim de um
ancião! Vai dia - a - dia enfraquecendo..” com o passar dos séculos esse
conceito foi ficando ultrapassado e no primeiro século da era cristã, Cécero, o
grande filósofo romano, escreve o livro "Catão, o velgo" ou De
Senectute, que se publicado hoje seria atualizado, onde se resume todo o
processo de envelhecimento, considerado por ele como fisiológico. Afirma:
"Os
prazeres intelectuais vão sobrepujando os meramente corporais."
Congresso Brasileiro de
Geriatria e Gerontologia.
A linha de pesquisa do autor é NEUROCIÊNCIA.
MAPEAMENTO CEREBRAL. Em abril de 2014, o Professor César Augusto Venâncio da
Silva, migra para o projeto da Gerontologia (Maestría en Gerontología Social Universidad Internacional Iberoamericana -
UNINI México e Máster en Gerontología- Universidad Europea del Atlántico), porém não alterou seus objetivos, como se pode
observar na justificativa introdutória ao presente livro. Decidiu o autor, que
para cada disciplina do curso de mestrado e mais em seguida doutorado, será
publicado um livro temático como forma de demonstrar as aptidões cognitivas
conexas ao tema de pesquisa em propositura vigente, atual. Os livros serão
publicados através da editora:





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